LIBERDADE
Terezinha Guimarães
O CAVALO PRESO
AMARRADO COM CORDAS
CORDAS COM NÓS
QUE NÃO SE DESFAZ
QUEM OS FEZ
NÃO SE COMPRAZ.
O CAVALO TRISTE
FICA A OLHAR O CAMPO
NO ESCURO DA NOITE
ESCUTA DO VENTO O SEU CANTO
NÃO TEM ALEGRIA
COM O FRESCOR DA BRISA
POIS GALOPAR
ERA O QUE MAIS QUERIA.
MAS, AO AMANHECER
QUANDO VÊ O SOL A DESPONTAR
O CAVALO COMEÇA SE AGITAR
SABE QUE ESTÁ PRÓXIMO
O SEU SOFRIMENTO
ESQUECERIA TODA A AMARGURA DA NOITE
DO SEU INDESEJADO RECOLHIMENTO.
AS CORDAS SE ROMPERAM
NÃO MAIS EXISTEM NÓS
PODERIA SENTIR O VENTO
AO CORRER PELO RELENTO,
PELA RELVA VERDE
E PERFUMADA
DE UMA NATUREZA ABENÇOADA.
LIBERDADE!
LIBERDADE!
O CAVALO PARECIA GRITAR
OUVIA-SE DE LONGE
O SEU RELINCHAR...LIBERDADE
